20.11.13

Just one more chance


Capitulo 20- A história vem à tona
Leiam ouvindo- She - Ed Sheeran
______________________________________________________________________

Pov's William

       Me arrumei peguei meu carro e fui até a casa de (S/A). Ao chegar buzinei e ela saiu trancando a porta atrás de si. Quando se virou reparei como ela estava linda (1). Ela veio caminhando até o carro, abriu a porta e entrou.

       -Oi.

       -Oi-respondi dando um beijo em sua bochecha.

        -Pra onde vai me levar senhor eu sei qual é a sua casa?

         -Para um lugar que eu não vou te falar.

         -Ah me conta!-ela fez um beicinho e pensei seriamente em contar pra ela.

         -Não.

         -Então vai se fuder também! Não sabe brincar volta pro útero!- (S/A) falou em meio à risadas.

         -Você não manda em mim!- fiz cara de criança emburrada e ela riu. Liguei o carro e partimos.

   [...]

         -Liga o rádio, por favor- já devia ser a centésima vez que (S/A) me pedia isso.

         -Não.

         -Para de ser chato!- (S/A) reclamou e ligou o rádio.

         -Onde você tirou essa intimidade com o meu carro?

         -Do meu bolso, quer um pouco?

         -Você é muito idiota.

         -Cala a boca "você não manda em mim"- (S/A) mandou me dando um tapa. Qual o problema dela?

          -Por que raios de razão você fica me batendo?

          -Não se sinta especial eu bato em todo mundo, mania.

           -Você tem uma mania meio anti-social, não?

           Ela deu de ombros. Seguimos o resto do caminho até o restaurante berrando algumas músicas (no caso eu berrei terrivelmente pessimamente, já (S/A) tinha uma voz linda, parecia um anjo, mesmo quando berrava).

[...]

Pov's (S/N)

       Chegamos no restaurante sentamos em uma mesa mais afastada e fizemos o pedido. Estava com fome mas mesmo assim deixei Will pedir por mim, qualquer coisa servia.

        -Então...- ele começou.

        -Então?- perguntei e ele riu.

        -Como anda a vida?

        -Bitch, please minha vida não anda, ela desfila.

        -Ui, desculpa ai!- ele levantou as mãos em sinal de rendição.

        -Só porque sou muito legal.

        -Está gostando da cidade?

        -Sim, muito. Ela é incrível!

       -Não sente falta de casa?

       -Que casa?- perguntei dando de ombros sem perceber.

        -Como assim? Me conta essa história direito- eu deveria contar? Acho que sim, precisava desabafar.

         -É complicado, nem sei por onde começar.

         -Do começo talvez?-dei uma risada fraca.

         -Digamos que o lugar que eu chamava de casa há 2 anos não é mais um lar -ele me olhou com uma expressão embaralhada- Calma, vou explicar como isso aconteceu. Acho que essa história começa com o nascimento dos meus irmãos.

         -Você tem irmãos?

        -Dois, são gêmeos. Anitta e Marcus. Eles nasceram quando eu tinha 10 anos. Minha mãe sempre foi meio ausente na minha vida e depois que eles nasceram ela ficou mais ausente ainda. Eu vivia culpando ela por tudo que acontecia, mas no fundo, bem lá no fundo eu sabia que esse era o lado da emoção na história- Will prestava atenção em cada palavra que eu dizia sem falar nada- Papai também não era muito presente, saia cedo para trabalhar e voltava tarde, sempre estava viajando nunca ficava em casa. Nenhum dos dois ficava- dei um longo suspiro- Eu ficava sozinha o dia inteiro, saia de manhã para ir à escola, voltava para casa no inicio da tarde. Minha mãe trabalha o dia todo, meu pai o ano todo e meus irmãos passavam o dia com a minha tia. Era muita solidão para uma criança de apenas 10 anos de idade. Com o tempo essa solidão foi aumentando, se tornou angústia, se tornou depressão e acabou por se tornar dor- falei e puxei mais a manga da blusa a fim de esconder os cortes-Sempre fui muito ligada à mamãe e quando ela finalmente arranjou tempo pra mim, aconteceu, ela se foi. Meu pai, assim como todos, ficou arrasado. Ele se demitiu começou a beber, e desconfio que tenha começado a usar drogas. Me batia, assim como batia em meus irmãos. Eu tinha que levar Anitta e Marcus para a companhia que eu fazia ballet para que eles não apanhassem enquanto eu estivesse fora. Um dia nossa vizinha denunciou meu pai, foi polícia, foi conselho tutelar, foi um grande problema. No fim ele perdeu a guarda de meus irmãos, que foram morar com a minha tia, e eu, por ser a mais velha pude escolher.

      -E escolheu ficar.

      -Sim, era meu pai. Mas mesmo assim não aguentava mais ficar naquela casa. Na primeira oportunidade fui embora. E aqui estou eu.

      -Ah sim... E depois da morte da sua mãe continuou a se cortar- aquilo era uma afirmação! E era a verdade, queria que não fosse, mas era.

      -Como você sabe?- engoli em seco, ainda estava me recuperando do choque dele saber.

       Ele deu um sorriso reprimido esticou seu braço sobre a mesa e lentamente levantou a manga da blusa. Lá estavam. Finas, tímidas e discretas, mas estavam lá.
       Cicatrizes.
        Ele levantou os olhos castanhos profundos e disse:

       -Acho que é hora da minha história vir à tona.

______________________________________________________________________

(1)- http://www.polyvore.com/ally/set?id=96765236

HEYYY! Gnt mil desculpas pela demora, mas a inspiração resolveu demorar a me visitar... Perdoem os erros de português tbm...

Pfvr comentem oq acharam, se tiverem fics ou págs. me passem pfvr.

Beeeeeeeeijos

#Ally

Nenhum comentário:

Postar um comentário